quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Texto Publicado no Jornal Notícias do Dia no dia 04 de setembro de 2013




O Professor e o Futuro Leitor

Texto Publicado no Jornal Notícias do Dia no dia 04 de setembro de 2013 por Eliana Aparecida de Quadra Corrêa

O gosto pela leitura não nasce com a criança, mas pode ser desenvolvido com a ajuda de pais e educadores. O professor pode semear nos alunos o amor pela leitura. Somente o professor pode intuir o que convém fazer num determinado momento para ajudar o aluno a aprender a ler.
Este papel é muito difícil que o já consagrado, exige muito mais esforço do professor. Mais fácil seria ter um planejamento definido, para ser cumprido passo a passo. No entanto, por melhor que seja um planejamento é impossível que ele dê conta de todas as questões inferentes ao processo de aprendizagem do aluno, uma vez que este processo é único e individual.
Se a questão da leitura é mobilizadora e de interesse para o professor, seu próprio comportamento de leitor, torna-se uma estratégia utilizada por ele e poderá nesta fazer descobertas que melhorem sua própria performance de leitor e aperfeiçoe  seu  processo de ensinar a ler.
Em sua prática cotidiana, o professor ao assegurar demonstrações de leitura aos alunos, situações que sirvam a objetivos específicos, podem auxiliar seus alunos a encontrar sentido e seus próprios objetivos com a leitura.
Não se dispõem fórmulas para garantir que a leitura seja compreensível e prazerosa. Sabe-se, entretanto, que há várias maneiras de dificultar a compreensão e o prazer na leitura: se orientarmos o aluno para concentração em detalhes visuais, se fornecemos fragmentos de textos incompreensíveis ou amontoados de frases sem real significado de comunicação, se exigimos que ela responda a questões após a leitura sem reflexão, se lhe pedimos para oralizar palavras em detrimento do sentido. Ou seja, o ponto comum de todas essas atitudes de ensino que dificulta a aprendizagem da leitura é a limitação de quantidade de informações não-visuais a que ao aluno pode recorrer enquanto lê.
Para facilitar o processo de leitura deve-se garantir aos alunos amplas possibilidades de usar informações não-visuais, possibilidades de fazer previsões, compreender e ter prazer no que lê. E é importante dispor de momentos de contato com a diversidade de textos literários buscando valorizar os gostos de leitura dos alunos e ao mesmo tempo dar oportunidade de conhecer outras formas de escrita.
Outra questão que o professor pode utilizar para incentivar seus alunos ao hábito da leitura é organizar projetos de leitura, levá-los em eventos culturais como: lançamentos de livros, teatros, contações de histórias, feiras de livros, seminários e encontros com escritores locais.
Por exemplo, visitar a Biblioteca Pública e incentivá-los a serem sócios e utilizar o espaço como lugar de entretenimento e democratização da leitura. Participar de ações como a Garrafa da leitura (conhecer escritor local através de dinâmica, conversa e contação de histórias na Biblioteca Pública Prefeito Rolf Colin). Mostra anual de Contação de histórias do Proler. Fala do escritor na Feira do Livro (Escritores da Confraria do Escritor e da Associação Confraria das Letras de Joinville). Peças de teatros apresentados pela AJOTE e pelo SESC e entre outras ações disponibilizadas pela nossa cidade com intuito de sensibilização ao hábito da leitura.
   A literatura é uma arte poderosa. Ao ler, o aluno adquire saber, amplia sua visão de mundo, enriquece seu vocabulário, desperta sua sensibilidade, criatividade e escreve com mais facilidade. Além de ingressar num mundo de fantasia a ser descoberto.

Enfim, segundo Barbosa “O que realmente importa é que a criança progrida na leitura e que encontre prazer – e sentido – nos múltiplos contatos com a língua escrita. Professores e crianças, nesse sentido, podem ser verdadeiros parceiros para aprender o que é o ato de ler”.